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Tabagismo é fator de risco para AVC em fibrilação atrial?

  • Dr. Bruno Valdigem
  • 24 de mar. de 2021
  • 1 min de leitura

Em estudo de Kown e colaboradores recém publicado no periódico Heartrhythm Journal, um novo fator de risco de embolia emerge como provável. Foram selecionados 44 pacientes com CHADSVAC sugestivo de baixo de risco que foram admitidos por AVC embólico, nos quais foi descoberta fibrilação atrial durante investigação. Eles foram pareados com 220 outros portadores de fibrilação atrial que não apresentaram AVC. Nenhum deles estava em uso de anticoagulantes, e todos tinham CHADSVASC 0 (em homens) ou 1(em mulheres).


Não havia diferença entre os grupos em sexo, idade, IMC, comorbidades ou fração de ejeção. A participação de tabagistas foi muito maior no grupo que apresentou AVC (24 de 44) contra no grupo sem AVC (22 de 220), com diferença significativa(p<0,001). Em análise multivariada o tabagismo se manteve como único fator de risco independente.


Apesar do desenho do artigo servir mais como gerador de hipótese e relativamente pequeno número de casos, ele chama atenção para um fator de disfunção endotelial e doença vascular amplamente conhecido. Talvez tabagismo deva ser utilizado junto a outros fatores adjuvantes como definidor de início de anticoagulação em pacientes com indicação limítrofe e baixo risco.


Referência Bibliográfica:

Predictors of ischemic stroke for low-risk patients with atrial fibrillation: A matched case-control study Soonil Kwon, Tae Jung Kim, Eue-Keun Choi, et al 2021 HR.


Eletrofisiologista do Hospital Vila Nova Star, Hospital São Luiz Jabaquara, Dante Pazzanese. Especialista em Cardiologia (SBC) área de atuação em eletrofisiologia clínica e Invasiva (SOBRAC) e estimulação cardíaca (ABECDECA). Doutor em ciências pela Unifesp. Atual diretor de comunicação da Associação Brasileira de estimulação cardíaca.

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